sábado, 14 de outubro de 2017

A pequenez Tuga

O que aqui relato são coisas de Jornais, Revistas, Rádios, TVs e tudo o que mais existe no campo da comunicação social. Mas eu, que me tenho na conta de tolerante, e até gosto muito de ler, ouvir e ver coisas interessantes, fico profundamente escandalizado com tudo o que tenho presenciado nesses meios, com especial relevância (por ser recente) para a entrevista (via RTP) feita ao cidadão José Sócrates. Então, foi assim:
- sr. engenheiro, bláblábláblábláblá´... sr. engenheiro, blábláblábláblá... sr. engenheiro, blábláblábla.. sr. engenheiro, blábláblá... sr. engenheiro, bláblá... sr. engenheiro, blá... Porra para tanto engenheiro! Será que o homem, naquela hora, estava a praticar engenharia? Estivesse ele, ou não, a engenhar respostas, não deveria ter sido engenhado a todo o instante, não acha, sr. Vítor Gonçalves? O bláblábá era mais extenso, mas eu encurtei caminho porque já estava a ficar cansado. 
Contei para cima de 40, mas, depois, desisti. Desisti de contar e, também, de assistir. Não me admirava nada que tivessem sido umas 300, tal era o ritmo.
Por via destas e de outras tugacidades, é que me precavi, em tempos que já lá vão.
Por cá, tinha trabalhado com suíços, franceses, holandeses e, até, gregos, imagine-se. No estrangeiro, trabalhei com marroquinos, ingleses, belgas e mais franceses, mas aqui, mais calejado, já levava a cartilha engatilhada. Nada de tratanços por engenheiros ou doutores. Era "tu cá, tu lá"... e siga. E era com esta simplicidade de tratamento que nos entendíamos.
Se até os licenciados, colegas de trabalho nas Construções Técnicas, SARL, aquando dos encontros-almoços, fazem questão de que o pessoal se trate todo por tu... Há que evoluir e deixar-nos de pieguices, como disse o outro.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O ACORDO: Impaciente Impasse - José Caria Luís

Livro para o N.A.O.
Eu ACORDO, tu não ACORDO, ele ACORDOU...
O Livro dos N.A.O. (Novo Acordo Ortográfico) e do N.A.O. (Não Acordo Ortográfico) está aqui ao lado, em branco! Escrevam nele o que vos aprouver, mas escrevam, leiam mais e falem menos. Enfim! Uma trapalhada tal, que se fosse noutras zonas do Globo já tinha descambado em guerra civil. Isto, sem qualquer exagero.
    Conheço casos de quebras de amizades antes enraizadas, de ex-amigos do peito; confrontos, mal-estar e rivalidades - antes impensáveis - entre colegas de trabalho; arrufos de namorados; azedumes entre familiares bem chegados, onde até ocorreram casos de divórcio e se desfizeram lares por não terem chegado a um entendimento ortográfico; zaragatas, com violência, em grupos que, antes, frequentavam a mesma mesa do café, onde, em jeito de exibicionismo, alguns se deleitavam a fazer Palavras Cruzadas... Não esquecendo aquele fulano, um inveterado sportinguista que, não obstante a sua devoção clubística e, talvez, por mera retaliação, se passou para o clube rival só porque um amigo da outra cor propunha a aplicação do N.A.O. - coisa que abominava - e ele defendia o N.A.O. (parecem iguais mas não são). Por tais factos tudo se esboroou.
    Não sendo eu apologista de quaisquer tipo de guerrilha ortográfica ou fonética, e, ainda, muito menos especialista no que concerne à Língua Lusa, sempre me acho no direito de, à semelhança daquelas pessoas que, por tudo e por nada, sob as mais torpes algaraviadas, comentam e criticam o tema, vir a terreiro botar opinião afim. 
    Voltem eles (os especialistas) aos Hieróglifos, ao Latim, à era das Crónicas de Fernão Lopes, aos tempos de Luiz Vaz, Eça, Fernando Pessoa, e demais pessoas tidas como eruditas, digam como querem que eu escreva, que eu escrevo. Nem que, para tal, tenha que ressuscitar e encarnar um qualquer douto da Acrólpole, como Homero, um piramista Ramsés ou de um qualquer escriba da Via Latina. Não sou de todo tacanho na matéria, já que, em rapaz, era especialista a decifrar os Hieróglifos Comprimidos no, agora defunto, Diário Popular, aos sábados.  Se vierem a optar pelo Latim, já me sinto mais confortável, pois ainda conservo um livrinho auxiliar da Santa Missa, que me deu a Dª Regina Couto Viana, em Vale da Pinta, na década de 50, quando a senhora pensava que eu era um rapazinho exemplar, muito bem comportado e, achando que eu teria uma forte componente de vocação sacerdotal, me queria enviar para o Seminário dos Olivais. Sei que isso não me basta, mas, no caso de me ver grego, também tenho em casa a Eneida de Virgilio, que trouxe da tropa, da BA2, e sempre estou mais habilitado a atualizar-me do que se partisse do zero.
    Agora, para não maçar mais a plateia de leitores (se os houver), vou pensar em colocar um ponto final no tema, não sem antes tecer algumas considerações acerca do mesmo.
    Já vi de tudo o que de melhor e pior se pode opinar e escrever sobre o assunto. Até os que escrevem comentários de 50 palavras em que 40 são erros ortográficos, merecem a minha compreensão.
Que importa que um fulano/a digite "comessar", "houvir", "cançasso", "falcidade", "houveram", "ouvistes" ou "duzentas gramas", se no seu espírito estiver latente o conservadorismo linguístico? Nada a opor, portanto. Por isso, no que me toca, também acho que o N.A.O. devia ser repensado e ter em linha de conta certas palavras com as quais não concordo, embora eu ache que, no que concerne aos hífens, as alterações introduzidas fazem sentido, tanto assim que já adotei. No caso de: "pára" e não "para", não concordo.
   Divagando um pouco, dá para perguntar: por que razão não se escreve: Gilherme; gerra; gizo; jesto; "aljema"; "sercar", etc. A isto é que se podia chamar os "bois pelos nomes". Se é um G, é um G de gato; se for um J, é um de José; se for um S, é um S de Salomão, mas também de Sedo, mas não um C. Como "vaso" devia ser "vazo", seja substantivo ou verbo. "cazo" é que estava bem, porque se trata de ler um Z.
    Mas esta paranoia, devido à sua complexidade, e pelo que se está a ver do Acordo (?) de 1990, só deve entrar em discussão lá para o ano de 2100. Nessa altura já nem um de vocês cá está para poder discuti-lo, praguejá-lo e odiá-lo. Mas podem sempre (em vida) fazer testamento, delegando nos vossos bisnetos e trinetos, as paranoias de quem quer, à força, levar a sua por diante.
E, por ora (não hora), tenho dito.
    

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Fui ao gourmet e tramei-me!
    Sou um tipo moderno. E chique. Muito chique. Por isso não podia deixar de entrar num restaurante gourmet da moda. Vesti um Armani, que comprei num saldo dos chineses, calcei umas sapatilhas com uma vírgula estampada, que regateei ao ciganito da feira, e esvaziei, pelo pescoço abaixo, meio frasco de Chanel dos marroquinos. E foi assim, cheio de cagança, peito cheio de ar, como mandam as regras do pelintra luso, que fui jantar ao tal restaurante, gerido por um “chef” reputado com categoria internacional e olímpica.
    Tramei-me! Antes tivesse ido ao tasco da esquina aviar uma bifana! Confesso que já levei muita tanga, mas como esta, nunca! Passei fome, fui gozado e fui roubado! Sempre achei que cozinhar era um acto de descontracção, de partilha, de alegria, de afecto. E eu devia desconfiar, porque aqueles concursos gastronómicos das TVs transformaram uma actividade social sadia, numa agressão stressante, provocadora de lágrimas e depressões. Já para não falar das parvoíces dos mestres cozinheiros da moda, cujos pratos estapafúrdios e minimalistas se apelidam agora de “criatividade culinária”. Colocaram-me um prato à frente que foi mais difícil de decifrar que as palavras cruzadas do JN ao domingo. Um prato que exibia 5 cm2 de um pobre robalo que pereceu inutilmente só para lhe extraírem um pedacito do cachaço, meia batata engalanada com um pé de salsa, e 2 ervilhas a nadarem numa colher de chá de um azeitado molho de escabeche, bem disfarçado com um nome afrancesado que nem vem nos dicionários. Para remate, três riscos de uma substância pastosa, estilo Miró, para preencher os restantes 90% do prato vazio. E o bruto do português, habituado à sua travessa de cozido e ao panelão de feijoada, olha para aquilo com uma cara de parvo capaz de partir todos os espelhos lá de casa. Esboça-se um sorriso amarelo, engole-se em seco, diz-se que está tudo óptimo ao empregado de mesa que mais parece uma melga à nossa volta, e enfiam-se dois Xanaxs quando nos metem a conta à frente. E, a muito custo, cala-se o berro de duas peixeiradas à nortenha que nos vai na alma.
    Nunca mais lá volto. E sabem que mais? Porque se quero comer aperitivos, como bolinhos de bacalhau e tremoços, que são muito mais saudáveis e baratos. Porque para ver pintura abstracta, vou a uma exposição. Porque detesto jantar uma comida onde toda a gente meteu as mãos. Porque para ser roubado bastava ir à Autoridade Tributária, vulgo Finanças. E, acima de tudo, porque desconfio de um cozinheiro que vive e trabalha com a ambição obsessiva de ser medalhado por "uma companhia de pneus".

Extrato do amigo Francisco Gouveia, in NCultura

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

RECONQUISTA, OU INVASÕES ALARGADAS?

"ISLAMIZAÇÃO: "EI" tem planos para INVADIR a EUROPA, através da LÍBIA".

Esta era uma notícia que aparecia em destaque na Imprensa, no início de 2015.

Agora, hoje, em 04 de setembro de 2015, eu, que não sou historiador nem cronista, pergunto: RECONQUISTA OU INVASÕES ALARGADAS?

Os cronistas que se arvoram em protetores de migrantes e apelidam de Xenófobos os sensatos que, friamente, analisam e criticam o oportunismo e a bandalheira em que tudo isto se transformou, decerto nunca terão passado por situações de segregação e racismo. 


Há muitos, muitos séculos, os povos árabes que, através de sangrentas  e duradouras guerras, tinham ocupado uma grande parte da Península Ibérica, foram sendo, paulatinamente, empurrados para além do Mediterrâneo. Porém, desde então, e através dos tempos, nunca se conformaram com tal desfecho. Como são povos de fé, tanto porfiaram que conseguiram: o mito transformou-se em realidade.


Curiosamente, hoje, o Mundo constata que aqueles planos sairam semifurados, isto é, não foi necessário limitar e concentrar os seu operacionais em tão estreita e afunilada faixa, arriscando em demasia o seu almejado sucesso. As barreiras de entrada na Europa, que antes obstavam a que, através delas, fosse possível engrossar o fluxo de árabes (muçulmanos ou não), tinham sido todas derrubadas, escancaradas. E, para gáudio muçulmano, sem terem passado pela necessidade de disparar um único tiro, ou estilhaçar e martirizar um único homem-bomba. Foram menos 72 virgens que se pouparam. Com isso, eis a Europa! Ela aí está! E já a usam como deles...


Desta vez, porém, não se limitaram a assentar arraiais e recuperar as vastas áreas que, outrora, foram sua pertença, depois de as terem roubado a outros. Não. Eles foram, e continuam a ir (aos milhões) cada vez mais longe. Essa é a estratégia, para preparar terreno. Essa é a realidade. Todavia, não foram tão longe quanto o Globo Terreste permite, porque, para além da "bela Europa", e não tendo que recorrer a grandes travessias marítimas, até tinham a Rússia e China, etc. mas para aí eles não vão. Vá lá saber-se porquê! 


A estratégia parece-lhes boa, e como até tem gente, organizações, autarquias e, até, Governos (pasme-se) que lhes estendem a passadeira, vai de aproveitar.


Tudo isto já seria anormal se os factos tivessem ocorrido numa outra época: no tempo das vacas gordas, mas em plena era de penúria social, acho anormalíssimo. Mas, falando do nosso caso em concreto, já há por aí quem ande a formar Comissões de Apoio e Integração dos chamados migrante INVASORES na "Súcia Tuga". Ora como os Comissários, à boa maneira lusa, têm que ter comissão (€) mesmo antes de saberem quanto é que vai "tocar" a cada secção, já haverá por aí muitos deles a engendrar planos secretos, ou mesmo a gastar por conta. O pior é se a "massa" não lhes chega às mãos!

E pergunto eu: - Por que não regressam ao país aqueles milhares de emigrantes portugueses, que, em situação precária, estão a passar por sérias dificuldades no estrangeiro? Não pretenderão eles vir para junto das suas famílias? Ah, é verdade! É que algumas dessas famílias já perderam a casa, por falta de pagamento ao Banco, por isso não os podem alojar. E, atendendo a que muitas delas já sobrevivem à custa da "Sopa do Barroso"... nem uma sopita se arranja. 
Mas, como sou teimoso, volto a insistir! Venham para cá, meus caros compatriotas, especialmente aqueles que conhecem pessoas importantes lá na terra! Pode ser que, com uma cunha de algum titular de uma dessas Comissões, consigam beneficiar de um "buraquito" onde enfiar os pés e uma ponta de manta para se cobrirem no Inverno. Sim, porque não? Se aos sírios e afins, dão apartamentos de médio luxo em PENELA (eu vi-os na TVI), novinhos em folha e equipados a rigor, porque não aos Tugas em desespero? Estes têm peçonha, é? Pelo menos, vocês, têm algumas vantagens e, por isso, não trazem tantos encargos às Comissões. Comem carne de porco e tudo o mais que vos puserem à frente; bebem vinho, mas só para afogar as mágoas; ver ou não crucifixos por aí, espanhados, tanto se lhes dá; não precisam de rezar 5 vezes ao dia, virados a Meca, por isso não precisam de tapete, mapa, bússola ou GPS para tal; não precisam de gastar água no lava-pés, etc.
E se alguns de vocês (sei que serão muitos) já cá descontaram para a S.S., creio que terão uma palavra a dizer.
Por isso, urge perguntar a cada fundamentalista do Puritanismo Tuga: - Quantos Refugiados aceita na sua própria casa? Em Penela, por exemplo, oferecem T3 novos a Mohameds estrangeiros; não se devolve 5% do IRS aos Portugueses que descontam, nem baixam IMI. Que ajuda deste tipo, deram aos casais, com ou sem filhos, que ficaram no desemprego, alguns já de longa duração, sem receberem um chavo? Quando as pessoas com deficiências sâo marginalizadas e discriminadas pelo próprio povo e Estado; ajudas para "inglês ver" para parecer bonito lá fora, quando os problemas sociais internos continuam sem solução. Em que ficamos, afinal?
Se são crentes, meus amigo, rezem por melhores dias e melhor gente que nos governe.
    
Estes GRÁFICOS e MAPAS, estão completamente DESATUALIZADOS. O que se previa para 2030, já hoje está LARGAMENTE SUPERADO. Desde 2010, até janeiro passado, o número de muçulmanos na Europa, disparou para o DOBRO. Mas, presentemente, com esta onda nociva, é possível que o número de intrusos já tenha quintuplicado.